…E AS PALAVRAS VOARAM

Na venda dos jornais as palavras irrequietas, andam à solta. Fugiram do dicionário porque a pata Hortense andou por lá comendo umas palavras bem deliciosas como moscardos, mosquitos e alguns peixes do rio. Um pescador que mais tarde procurava o nome de alguns peixes, pôs-se a chorar muito alto, desesperado por não os encontrar. De susto as palavras, já apertadas no dicionário, fugiram e refugiaram-se numa caixa. Foi nessa caixa que o cão Alberto, fugido do seu banho semanal, as foi encontrar.

A fuga das palavras provocou grande confusão na terra, porque as pessoas já não as conseguiam juntar para formar as suas frases. A vendedora de jornais, o pescador, os meninos, todos andavam desesperados, tentando convencê-las a voltar para o seu importante lugar na ordem do dicionário. 

Será que é possível convencê-las a voltar ao escuro daquele grande livro e de novo as crianças poderem aprender a ler, os tipógrafos a fazer os seus jornais e as senhoras as suas listas de compras?

Encenação Isabel Bilou
Interpretação Margarida Cunha | Ariana Couvinha/Ricardo Falcão | Susana Russo
Adaptação M.ª João Alface
Assistência Técnica Fernando Malanho
Cenografia Cilene Conceição
Colaboração na área musical Wladimiro Garrido | Gil Salgueiro Nave
Figurinos Isabel Bilou
Marionetas Cilene Conceição | Xana Ferreira
Construção de Cenário António Galhano
Guarda-roupa Vicência Moreira
Fotografia Paulo Nuno Silva

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