LUNDUM

Num triângulo de mar, escolhemos os vértices: Portugal, África, Brasil…

Em ondas de som navegámos, de veia solta, a pescar rosas de ventos andarilhos e sem nunca perder o rumo, já que afinal “o rio Amazonas desagua no Tejo” como muito bem sabe o Chico Buarque.

Num património de linguagens comuns, há fluxos de vai-e-vem, rotas de torna-viagem, rasgadas fundo pelo destino dos Homens. O Lundum, antiga dança de escravos, posteriormente adaptada nos bairros pobres de Lisboa, foi uma delas.

Da forma musical do “Lundum”, matriz dolente das modinhas do séc. XVIII, de fados, mornas, chorinhos e alguns sambas, fizemos então bandeira, com as cores fortes e fundadoras da inspiração, projeto estético firmado em princípios, homenagem comovida à tradição e à criatividade artística da música popular e a alguns dos seus melhores autores e intérpretes, duendes que nos vão embalando a ritmo, ao entoar ao ouvido as cantigas da memória da nossa vida, de lutas e amores.

Agora, é tempo da função. É tempo de bater o fado bailado, de suar a festa, de soar em dança de terreiro ou roda de samba…

Vozes Isabel Bilou | Susana Russo
Flauta | Saxofones Gil Salgueiro Nave
Violão de 6 cordas Domingos Galésio
Guitarra portuguesa Miguel Nazaré/Pedro Vila Nova
Cavaquinho José Carlos Faria
Contrabaixo Joaquim Nave
Piano | Acordeão Paulo Pires
Percussões Rui Gonçalves/João Aleixo

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