Sons do Vagar resultam de uma visita à memória vocal e instrumental do Alentejo.
Despertos pelas memórias de um passado que transporta as suas sonoridades, os Sons do Vagar procuram, numa lógica própria do seu tempo, reinterpretar e transportar para o presente estas práticas musicais.
Sons do Vagar juntam um instrumentista e duas vozes femininas que dão corpo a uma ideia que pretende ser uma singela manifestação de apreço e reconhecimento da nossa identidade musical.
Do “peditório” à “alvorada” o tamborileiro anunciava a festa, e as vozes das mulheres despertavam nos primeiros cantos ao S. João ou ao Menino Jesus, para mais tarde nas noites de Quaresma gritarem as lamentações religioso-pagãs da Semana Santa. Com a Primavera, à porta do “monte” ou no terreiro da aldeia, entoava-se a viola acompanhando as vozes na descrição da paisagem e amores anunciados…