arquivo teatro

SORRISINHO BREVE

Foi no imensurável caminho dos sonhos que Sorrisinho Breve surgiu numa noite em que o sono é profundo, se separa do consciente e corre num tropel ao encontro das tão guardadas memórias da infância, despertando imagens há muito adormecidas, esquecidas: o circo que sai debaixo do peso do tempo, libertando-se, enfim, como o cativo génio da lamparina mágica e aparece altivo desafiando o presente! Esse circo cuja magia me envolvia e transportava na fantástica viagem da imaginação quando me sentia quase com asas ao correr atrás do homem de andas que percorria a minha aldeia anunciando o circo, esmagando quase, com a sombra das suas enormes pernas, a minha minúscula figura deslumbrada!

[…]

Este “circo” é a metáfora das histórias de cada um de nós, entre o que queremos e o que nos é imposto, onde os nossos desejos esbarram no preconceito, mas é também um espaço de poesia e liberdade que preenche a alma de cada um dos nossos personagens.

Encenação Isabel Bilou
Cenografia Isabel Bilou
Música Original Gil Salgueiro Nave
Figurinos M.ª João Alface
Adereços Xana Ferreira | Ana Lamy | Cilene Conceição
Construção de cenário António Galhano
Iluminação Pedro Bilou
Operação de Luz e Som Fernando Dias
Guarda-Roupa Vicência Moreira
Fotografia Paulo Nuno Silva
Interpretação Margarida Cunha | Carlos Custódio | Manuel Chambel | Xana Ferreira

A ARCA DOS SONHOS

Um dia, ao regressar da escola, Daniel é surpreendido pelo desagradável ambiente que reina em sua casa. Os pais discutem, o clima é tenso. Sente-se triste pois detesta ver os pais zangados. Resolve então refugiar-se num sítio mais escondido e isolado: o sótão de sua casa.

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LAMÚRIA E FANTÁSIA

Uma história protagonizada por duas atrizes e muitos bonecos que nos ajudam a refletir sobre a importância da partilha, do respeito mútuo e da fraternidade. Com o tempo as vizinhas passam da incomunicabilidade à aproximação e apesar do carácter que as distingue, fazem prova de que “a vida é a arte do encontro”.

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O MARINHEIRO DE SONHOS

Adaptação de Isabel Bilou Era uma vez um menino que brincava à beira-mar com conchinhas e areia. Tanto brincou e correu que por fim adormeceu e começou a sonhar com muitas, muitas histórias que sempre ouvira contar ao seu avô marinheiro. Uma história que desperta a imaginação e que se aventura numa viagem que nos alerta para questões ambientais, indo ao encontro do Mar, do Vento, da Natureza e de muitos dos seus elementos, cuja história já começou há muito, muito tempo…

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ALFABETO NATURAL

Há amizades incríveis! Sem aviso prévio, letras e imagens combinaram trocar de lugar. As letras abandonaram o livro e viajaram até à paisagem. Por sua vez, os elementos naturais saíram da paisagem e foram espreitar o Livro Grande dos Poemas Pequenos.

– Letras, letrinhas, gostamos de vós, podem ficar. Mas… bichinhos, flores, estrelas… estamos no pico da Primavera! Precisamos dos cheiros, dos sons, do brilho da estação. Tragam o que aprenderam nos livros, os poemas pequenos. Juntos construiremos um verdadeiro alfabeto natural.


Adaptação e encenação Margarida Amaral | Teresa Rodrigues
Cenografia, figurinos e adereços Dina Nunes | Margarida Amaral | Teresa Rodrigues
Interpretação Célia Rocha | João Alho
Participação especial David Russo | Guilherme Russo | Madalena Ferreira

PINTURA DA PESTE

De novo o teatro se nos apresenta como território de premonições e conflitos. Muitos destes conflitos instalam-se no interior de cada um e acompanham-nos inexoravelmente até ao fim. O autor Ingmar Bergman resgatou esta história ao século XIV e à “peste negra” representada num retábulo de madeira de uma velha capela rural do interior da Suécia. Estas figuras pintadas tomam a palavra e desenvolvem entre si um debate carregado de angústia e desassossego sobre o caminho e o sentido trágico da vida.

Bergman, mundialmente considerado e reconhecido pelo seu enorme contributo para a história do cinema, nunca dispensou a sua profunda paixão pelo teatro. Dirigiu espetáculos em todos os teatros nacionais e regionais do seu país natal, a Suécia. PINTURA DA PESTE, inspirado num particular e dramático momento da história da humanidade, propõe-nos uma sugestiva reflexão sobre o homem, os seus eternos conflitos e contradições religiosas, ideológicas e filosóficas da sua condição em tempos de “cólera”.

Texto Ingmar Bergman
Tradução Luís Nogueira
Encenação e Cenografia Gil Salgueiro Nave
Interpretação Elsa Carvalho | Isabel Bilou | Joana Borrego | Jorge Lourido | Luís Pereira | Luís Rufo | Margarida Amaral | Pedro Mocho | Rute Marchante Pardal | Vítor Castanheira
Desenho de luz e direção de cena Luís Rufo
Figurinos Isabel Bilou
Tratamento de imagem digital Pedro Mocho
Condução técnica de luz, som e imagem João Pedro Palma
Fotografia de cena Paulo Nuno Silva
Cartaz Júlio Quirino
Música de cena baseada em obras de Hildegard von Bingen | Manuel de Falla | canto de carpideira de Arcos de Valdevez (popular, adaptado)
Imagem projetada “O Triunfo da Morte”, de Pieter Brueghel, o Velho
Vídeo da cena final Filme “O Sétimo Selo”, de Ingmar Bergman
Colaborações M.ª João Alface | Joaquim Nave | Teresa Rodrigues | Dina Nunes | José Coimbra (INFIMOFRAME)

MENSAGENS TROCADAS

José Manuel Jara introduz-nos, nestes textos, em forma de diálogos, na dicotomia das realidades e aparências da vida quotidiana. O delinear do papel das ilusões no princípio das opiniões e das crenças é como refazer a história do dia-a-dia, seja pela parábola, ironia ou sageza. As nossas mensagens onde, em boa parte, prevalece a ilusão, que nos envolve da infância até à morte, ilusões de amor, de ódio, de ambição, de glória, todas essas várias formas de uma felicidade incessantemente esperada, são o que mantêm a nossa atividade.

As ilusões intelectuais são menos comuns, já as ilusões afetivas são quotidianas; ao mesmo tempo que a realidade pode ser vista como uma fábula, os disfarces e enganos podem ser considerados como verdades mais sólidas. Pensamentos, reflexões e crítica social, nestas mensagens trocadas e destrocadas ao género de Khalil Gibran.


Texto José Manuel Jara
Encenação Isabel Bilou
Cenografia Paulo Nuno Silva
Iluminação e Sonoplastia Wladimiro Garrido
Vídeo Paulo Nuno Silva | Sandrine Costa
Interpretação Diogo Picão/José Lourido | Luís Rufo | M.ª da Conceição Pires | M.ª João Alface

ALDEIA DAS LARANJAS

Inspirado na lírica popular alentejana, uma atriz/cantora e um músico, recriam um universo poético, onde quadras, décimas e lengalengas, evocam ancestrais ritos e vivências da terra alentejana.

A voz, os sons e os gestos deste ambiente poético, estabelecem um percurso onde os ciclos da natureza, a imensidão da paisagem e as práticas quotidianas são revelados numa redescoberta de ancestrais memórias.

Especialmente dirigido aos mais jovens públicos, este espetáculo é depositário da identidade poética que o povo alentejano vem cultivando ao longo dos tempos.

Direção artística e interpretação Gil Salgueiro Nave | Susana Russo

A GUERRA DO TABULEIRO DE XADREZ

Nesta guerra de reis, rainhas, bispos, cavaleiros e peões, não há vencedores nem vencidos. Não há bons nem maus. Ou melhor, não há muito bons, como não há muito maus. São assim assim!… As figuras brancas não são piores que as figuras pretas. Estas por sua vez não são melhores que as brancas. Por isso esta guerra acabou em festa e ninguém se aleijou.

Uma história poética que o autor situa num tabuleiro de xadrez onde se joga uma guerra a fingir que é uma metáfora de uma guerra mais séria e por isso muito apropriada para pensar e refletir sobre a inutilidade das guerras.

Autor Manuel António Pina
Interpretação Carlos Moura | Dina Nunes
Encenação Isabel Bilou
Cenários e marionetas Dina Nunes
Guarda roupa M.ª Josefina Palma
Montagem de sonoplastia Wladimiro Garrido

OUTONO

Já não voam besoiros no ar quente.
Foi-se o verão embora.
É Outono agora,
tudo é diferente:
É castanha a terra
onde a pá se enterra.
É castanha a folha
que a chuva já molha.

(…)
António Manuel Couto Viana

Organização dos textos poéticos Isabel Bilou | Teresa Rodrigues
Encenação Isabel Bilou
Cenografia, figurinos e adereços Isabel Bilou | M.ª Josefina Palma | Filipa Vieira | M.ª João Alface
Interpretação Carlos Moura | Filipa Vieira